O
advogado e ex-candidato a deputado federal pelo PSDB, Matheus
Satlher Garcia,
poderá ser investigado pela Polícia Federal, Ministério Público
Federal (MPF) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por ameaçar
matar a presidente Dilma
Rousseff
caso ela não renuncie ao cargo até o próximo dia 6 de setembro.
O
pedido de investigação foi feito pelo presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) nesta
segunda-feira (31). O advogado evangélico foi candidato a deputado
federal pelo Distrito Federal em 2014. A ameaça foi feita em um
vídeo postado na internet.
Em
sua fala, Matheus pede que presidente renuncie, fuja ou se suicide
até o dia 6, sob pena de ser destituída pelos militares e ter a
cabeça arrancada. “Caso contrário, o sangue vai rolar. E não de
inocentes. E vamos fazer um memorial na Praça dos Três Poderes: um
poste de cabeça pra baixo. Com a foice e o martelo, nós vamos
arrancar sua cabeça e fazer um memorial”, ameaçou o advogado.
Matheus Satlher deverá ser chamado para se explicar perante a
Polícia Federal.
O
presidente da Comissão de Direitos Humanos ainda encaminhou um
pedido de providências ao ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, por caber a ele, por lei, encaminhar os procedimentos
relativos à apuração de crimes contra a honra que envolvam o
presidente da República. Paulo Pimenta também pediu que segurança
da presidente seja reforçada no dia 7 de setembro e que o MPF apure
se o advogado praticou incitação ao crime e que a OAB instaure
processo disciplinar contra ele.
Nas
ameaças, o advogado diz que vai as ruas junto com as Forças
Armadas, populares, para defender o povo brasileiro e tirar Dilma do
poder. “O povo brasileiro está cansado de ser escravizado por
você, escravocrata de impostos. Você, que implantou a ditadura,
comunista de cuba. Pegou em armas, foi derrotada e será derrotada
mais uma vez”, disse o advogado. O advogado já esteve envolvido em
outra polêmica ao sugerir a criação de um “kit macho” e de um
“kit fêmea”, para ser distribuído em escolas para “ensinar
homem a gostar de mulher e mulher a gostar de homem”.
As
cartilhas seriam para neutralizar as ações do programa federal
“Brasil Sem Homofobia”. O advogado, membro da igreja Assembleia
de Deus Ministério Missão Vida, se diz líder do Movimento Mais
Valores, Menos Impostos.
Fonte:
bahianoticias.com.br
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